domingo, 22 de setembro de 2013

Projeto incentiva vivência de crianças que moram em abrigo com famílias

21/09/2013 15h04 - Atualizado em 21/09/2013 15h04

Intenção é fazer com que crianças mais velhas sejam escolha por casais.
Veja documentos necessários para se inscrever em programa social.

Do G1 BA, com informações da TV Bahia
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A 1ª Vara da Infância e Juventude da Bahia lançou, na sexta-feira (20), o projeto Família Hospedeira, que visa incentivar a adoção de crianças mais velhas que moram em abrigos.
De acordo com o Cadastro Nacional de Adoção, menos de 1% das pessoas interessadas em adotar aceitam maiores de 6 anos. Nos abrigos, as crianças com mais de 6 anos e adolescentes representam quase 80% dos que esperam por uma família. É o casos de Tuane Santos, 13 anos. Ela vive desde os 8 em um abrigo no bairro de Paripe, subúrbio de Salvador. No ano passado, com a morte da mãe, que era usuária de drogas, a adolescente entrou no Cadastro Nacional de Adoção. A essa altura, ela não acredita mais que seja adotada por uma família. "Na minha opinião não [vai ser adotada]. Eles [pais adotivos] querem mais crianças pequenas.
"A maioria dos casais que pretendem ser pai e mãe querem adotar apenas crianças brancas e recém-nascidas e de preferência meninas. Com isso, eles [crianças e adolescentes] às vezes ficam em uma fila durante 1, 2, 3 anos. Se eles quiserem apenas um filho eu tenho inúmeros aqui", diz Vera Guimarães, diretora do abrigo.
Em Salvador, hoje, são ao todo 53 crianças e adolescentes que estão nessa espera. Apenas 25 deles estão aptos a participar do projeto Família Hospedeira. O projeto foi criado há 4 anos por um juiz do interior de São Paulo. A ideia é proporcionar às crianças o convívio familiar, nem que seja por um feriado, um final de semana.
"Já tivemos uma experiência aqui na Vara da Infância, já com nossa titularidade, onde fizemos um primeiro encontro e observamos que as pessoas que antes tinham um perfil definido, até 2 anos, menina e branca, passaram a se interessar por adolescentes. Então, saíram, inclusive, adoções desse encontro", afimrou o juiz Walter Ribeiro Costa Júnior, titular da 1ª Vara da Infância e Juventude, em Salvador.
Serviço
Para participar do projeto, é preciso ser uma pessoa solteira e ter mais de 21 anos. É necessário que o interessado vá até até a 1ª Vara da Infância e Juventude, que fica na Rua Agnelo de Brito, nº 72, na Avenida Garibaldi. O telefone de contato é (71) 3203-9328.
Para se cadastrar no programa é preciso levar os seguintes documentos: comprovante de residência atual; cópia do RG e CPF; indicação de telefones e outros meios de contato, como fax, e-mail; foto com membros principais da família e também do requerente; atestado de idoneidade moral (reconhecer firma das testemunhas); certidão de antecedentes criminais da Secretaria da Segurança Pública (retirar no SAC/internet); atestado médico de sanidade física e mental; preencher requerimento e ficha de perfil na vara da infância; além de ter idade superior a 21 (vinte e um) anos, sem restrições de gênero.

http://g1.globo.com/bahia/noticia/2013/09/projeto-incentiva-vivencia-de-criancas-que-moram-em-abrigo-com-familias.html?fb_action_ids=10201929465342318&fb_action_types=og.recommends&fb_source=other_multiline&action_object_map={%2210201929465342318%22%3A211094435730506}&action_type_map={%2210201929465342318%22%3A%22og.recommends%22}&action_ref_map=[] 

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