18/09/2013
Agencia RBS
Marjorie Basso
marjorie.basso@osoldiario.com. br
Jovem de 18 anos fala sobre o que a levou a "doar" a filha recém-nascida para um casal
Com o filho mais velho no colo, jovem conta os motivos da adoção à brasileira Foto: Gilmar de Souza /
Sorridente e com o filho de um ano grudado à barra da calça, uma jovem
de 18 anos recebeu a equipe do Sol Diário na manhã desta quarta-feira.
Ela é mãe biológica da menina de três meses recuperada no Paraná depois
de, segundo a polícia, ter sido vendida em Camboriú.
A moça
resolveu dar entrevista depois de tomar conhecimento da repercussão que o
caso teve. Ela diz que imaginava que a menina voltaria para sua casa
assim que a polícia e o Conselho Tutelar a pegassem de volta em Palmas
(PR).
Desde o nascimento a criança vivia com um casal no Paraná. Sem
condições financeiras para cuidar da menina, a jovem diz que pensou em
abortar assim que descobriu que estava grávida, já com três meses de
gestação, mas ao saber do casal que não podia ter filhos resolveu doar a
criança.
— Eu não vendi minha filha. Eles (o casal) me davam uma
ajuda, R$ 50 até R$ 100, para eu comer o que queria, mas não recebi
nada. Resolvi dar a bebê porque eu não tinha como criar — conta.
A
jovem deixou de estudar na sétima séria do ensino médio porque
engravidou do primeiro filho, hoje com um ano e nove meses. Eles moram
na casa com a mãe a jovem e três irmãos.
As únicas rendas da
família são o que a mãe da garota ganha trabalhando como diarista e a
pensão que o filho da jovem recebe do pai. Quando aos 17 anos ela
descobriu que estava grávida logo pensou em tirar a criança.
Foi
então que uma intermediária sugeriu que ela doasse a criança para o
casal do Paraná. A mãe biológica diz que pesquisou sobre eles no
Facebook e percebeu que a filha teria uma vida boa, dadas as condições
financeiras do casal.
— Minha mãe não queria que eu desse, fiquei muito triste, ainda tenho muita saudade — diz chorosa.
Depois que a polícia descobriu a adoção à brasileira e recuperou a
criança a jovem imaginou que ficaria com ela e ficou desnorteada quando
isso não ocorreu. Agora, ele quer brigar na Justiça pela guarda da filha
que havia, como ela mesmo diz, doado.
— Se eu pudesse voltar atrás eu voltaria. Quero ela comigo. Vou fazer o possível para ter ela comigo.
http:// diariocatarinense.clicrbs.com.b r/sc/noticia/2013/09/ vou-fazer-o-possivel-para-ter-e la-comigo-diz-mae-biologica-da -bebe-supostamente-vendida-em- camboriu-4273248.html
18/09/2013
Agencia RBS
Marjorie Basso
marjorie.basso@osoldiario.com.
Jovem de 18 anos fala sobre o que a levou a "doar" a filha recém-nascida para um casal
Com o filho mais velho no colo, jovem conta os motivos da adoção à brasileira Foto: Gilmar de Souza /
Sorridente e com o filho de um ano grudado à barra da calça, uma jovem de 18 anos recebeu a equipe do Sol Diário na manhã desta quarta-feira. Ela é mãe biológica da menina de três meses recuperada no Paraná depois de, segundo a polícia, ter sido vendida em Camboriú.
A moça resolveu dar entrevista depois de tomar conhecimento da repercussão que o caso teve. Ela diz que imaginava que a menina voltaria para sua casa assim que a polícia e o Conselho Tutelar a pegassem de volta em Palmas (PR).
Desde o nascimento a criança vivia com um casal no Paraná. Sem condições financeiras para cuidar da menina, a jovem diz que pensou em abortar assim que descobriu que estava grávida, já com três meses de gestação, mas ao saber do casal que não podia ter filhos resolveu doar a criança.
— Eu não vendi minha filha. Eles (o casal) me davam uma ajuda, R$ 50 até R$ 100, para eu comer o que queria, mas não recebi nada. Resolvi dar a bebê porque eu não tinha como criar — conta.
A jovem deixou de estudar na sétima séria do ensino médio porque engravidou do primeiro filho, hoje com um ano e nove meses. Eles moram na casa com a mãe a jovem e três irmãos.
As únicas rendas da família são o que a mãe da garota ganha trabalhando como diarista e a pensão que o filho da jovem recebe do pai. Quando aos 17 anos ela descobriu que estava grávida logo pensou em tirar a criança.
Foi então que uma intermediária sugeriu que ela doasse a criança para o casal do Paraná. A mãe biológica diz que pesquisou sobre eles no Facebook e percebeu que a filha teria uma vida boa, dadas as condições financeiras do casal.
— Minha mãe não queria que eu desse, fiquei muito triste, ainda tenho muita saudade — diz chorosa.
Depois que a polícia descobriu a adoção à brasileira e recuperou a criança a jovem imaginou que ficaria com ela e ficou desnorteada quando isso não ocorreu. Agora, ele quer brigar na Justiça pela guarda da filha que havia, como ela mesmo diz, doado.
— Se eu pudesse voltar atrás eu voltaria. Quero ela comigo. Vou fazer o possível para ter ela comigo.
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