Ed Wanderley - Diário de Pernambuco
Publicação: 03/08/2013 16:00 Atualização: 03/08/2013 18:53
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Silvânia segue todos os trâmites legais: ganhou a guarda da filha de dois anos e tentará adotar a criança. Foto: Annaclarice Almeida/DP/D.A Press |
A menina de grandes olhos, beijos fartos e cabelos cacheados, amarrados no topo da cabeça, agarra-se aos seus braços, pescoço, pernas. Tem medo que a deixe. A outra, moradora de Olinda, não a visita. Se desdobra entre o tempo dedicado aos sete filhos com quem mantém contato e ao trabalho de empregada doméstica. Trabalhando para a irmã de Silvânia, a descobriu, bem como a seu sonho e frustração. Viu nela uma chance para a filha ainda nem nascida. Decidiu que seria aquela a verdadeira mãe de sua filha. No início do ano, a Justiça concordou e concedeu à enfermeira a guarda da garota. Adoção, mesmo, só depois que a menina completar três anos, conforme rege a lei.
“Independentemente de como ela viesse, seria minha filha. Eu orava ‘Senhor, não me deixe ser sozinha’. Acompanhei, a distância, o momento em que ela nascia. Senti a dor do parto junto. Hoje, sei que minha felicidade como mãe eu devo à mãe da minha filha”, conta.
Histórias como essa são cada vez menos comuns, mas ainda existem. Não se pode escolher doar o próprio filho sem ser por meio da Justiça e a preferência é que o bebê siga para o Cadastro Nacional de Adoção. A permissão judicial só pode ser feita quando mãe e guardiã têm relação de parentesco ou de afetividade de alguma forma, o que também deve ser provado. Silvânia não esperou no Cadastro Nacional nem buscou filhos em páginas do Facebook - escândalo mostrado pelo Diario nos últimos dias - como tantos fazem.
Leia a reportagem completa na edição impressa do Diario de Pernambuco neste domingo
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2013/08/03/interna_vidaurbana,454053/adocao-a-brasileira-sem-seguir-tramites-nao-e-mais-opcao.shtml
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