sábado, 7 de setembro de 2013

GUARDA IRREGULAR: MÉDICO DIZ QUE AGIU POR HUMANIDADE


Marcionila Teixeira
06/09/2013

O médico Aldo Mota, chefe de assistência da saúde da Assembleia Legislativa, cofirmou ontem ao Diario que visitou a criança M.A. no Hospital Tricentenário, em Olinda, a pedido da advogada Giovana Uchoa, classificada por ele como cliente antiga. Segundo a promotora Henriqueta de Belli, a ida do profissional de saúde à unidade seria mais um indício de tráfico de influência no processo de adoção da criança pelo casal.
“Fui informado de que a menina tinha um tumor na perna para drenar e não havia cirurgião no hospital. Ao final do expediente, fui no meu próprio carro ver a criança. Pedi licença ao pessoal da enfermagem e vi que ela tinha um abcesso na perna. Fui fazer uma atividade cirúrgica, mas não era quadro para drenar. Fui por questão de humanidade. Não sabia que se tratava de caso de adoção. Se não atendesse era omisso”, declarou. O documento comprovando o atendimento médico consta no processo de adoção em papel timbrado da Assembleia Legislativa.

ADVOGADO
Ontem, o Diario tentou sem sucesso entrar em contato com o advogado Joaquim Pessoa Guerra Filho, lotado no gabinete do presidente da Assembleia e responsável legal pelo processo de adoção da menina M.A.. Segundo a promotora, a participação dele na defesa do casal é mais um indicativo de que houve tráfico de influência com uso da máquina da Assembleia. “Tudo isso é prova documental: a declaração do médico, a indicação do endereço de propriedade do deputado como sendo o de moradia e a petição assinada pelo advogado”, afirmou Henriqueta.
Mota disse que foi ao hospital por falta de cirurgião. Foto: Helder Tavares/DP/D.A Press-
http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2013/09/06/interna_vidaurbana,460671/guarda-irregular-medico-diz-que-agiu-por-humanidade.shtml

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