domingo, 8 de setembro de 2013

O LONGO CAMINHO PARA A ADOÇÃO DE CRIANÇAS


Domingo, 08 Setembro 2013
Escrito por Chris Reis

O número de crianças que conseguiu um novo lar em Manaus tem crescido nos últimos anos. Em 2011, foram 94 adoções. Em 2012, o número ascendeu para 105, e somente de janeiro até julho deste ano, outras cem crianças já foram adotadas no Amazonas.
Entretanto, para conseguir adotar uma criança ou adolescente existe um demorado trâmite judicial.
Segundo o Tribunal de Justiça do Amazonas, as pessoas interessadas em adotar uma criança devem se habilitar no Cadastro Nacional de Adoção (CNA) no próprio Juizado da Infância e Juventude e seguir as orientações legais. Atualmente, existem em Manaus 30 crianças e adolescentes aptos à adoção e 42 pessoas habilitadas para adotar.
Para adotar uma criança, de acordo com a assistente social Ana Ruth Silva de Souza, é necessário inicialmente dirigir-se ao Juizado da Infância e Juventude Cível para que possam ser acolhidos pelas técnicas do Juizado, onde receberão orientações inerentes ao início do processo de habilitação à adoção.
"O que as pessoas chamam de burocrático, consideramos ser o tempo necessário para os candidatos refletirem e tomarem uma decisão consciente e madura, pois adotar uma criança é tornar-se mãe e pai com responsabilidade e dedicação, tendo de abrir mão de muitas outras coisas. A adoção é irrevogável, uma decisão para a vida toda", analisou.
Quem desejar adotar criança sem passar por esse processo, está cometendo um crime, pois registrar uma criança com o nome dos pais adotivos sem passar pelo processo legal é um delito.
Atualmente, oito adolescentes estão aptos à adoção (concluídos os processos).
Porém, existem oito processos que estão em fase de destituição do poder familiar, que se trata de bebês de 0 a 2 anos. Por outro lado, o perfil das pessoas habilitadas para adotar é bem amplo, entretanto a maioria dos habilitados é composta por casais, que têm entre 30 e 45 anos de idade, grau de instrução médio e superior.
Entretanto, segundo informações do TJAM, tem aumentado o número de pares homoafetivos após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de considerar como entidade familiar, por meio da união estável, a relação de pessoas do mesmo sexo.
Antigamente, ainda de acordo com o tribunal, os pares homoafetivos também adotavam, mas entravam no processo sozinhas com receio do indeferimento. Existem também mulheres solteiras que alcançaram sua independência financeira e sentem vontade de ser mãe, mas não possuem um parceiro, assim constroem a família monoparental.
Este ano cem crianças já foram adatadas no Amazonas - foto: Sérgio Castro/AE
http://www.emtempo.com.br/editorias/dia-a-dia/9210-o-longo-caminho-para-a-adoção-de-crianças.html

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