TRÊS IRMÃOS VIVEM DRAMA E ANGÚSTIA À ESPERA DE ADOÇÃO EM ABRIGO DE VILHENA
Quarta-feira, 4 de setembro de 2013
Solidariedade
Há mais de dois anos morando no Abrigo de Menores de Vilhena, entidade
que acolhe crianças e adolescentes em situação de risco, três irmãos
vivem um drama que se torna maior a cada dia: as duas meninas, de 4 e 6
anos, e o menino de 3, que foram retirados da convivência com a família
em virtude da negligência dos pais, esperam ansiosos a chance de receber
carinho.
Para os três irmãos, brancos e saudáveis, apesar do
trauma decorrente do abandono, o tempo é crucial: as chances de
encontrar uma nova família diminuem à medida que eles crescem. Apesar da
situação, são crianças alegres e que convivem bem entre si.
O
Folha do Sul on Line entrevistou por telefone a juíza Sandra Beatriz
Merenda, titular da Vara da Infância e da Juventude em Vilhena e
responsável pelo abrigo. Ele expôs as poucas condições impostas a quem
quiser adotar os irmãos e explicou cada uma delas: os interessados devem
ter no máximo 45 anos, dispor de condição financeira estável e a mãe
não pode trabalhar fora.
A magistrada disse que a idade dos
pais adotivos é levada em conta porque quando as crianças estiverem na
adolescência, os responsáveis precisam ter em condições de lhes dar
atenção. A situação financeira também é importante, em virtude das
despesas para manter o trio. Por último, Sandra recomenda que a mãe
disponha de tempo para dar atenção às crianças pelo menos nos dois
primeiros anos. “Eles passaram por muita coisa e, por isso, precisam de
alguém em tempo integral para ajudá-los a superar o trauma do abandono”.
A juíza tem tentado encontrar interessados no cadastro das pessoas que
se inscreveram para adotar, mas admite que no caso dos irmãos a situação
é mais complicada, porque ela não quer quebrar o vínculo entre eles.
“Os três devem ficar na mesma família”, explica, revelando que mesmo
desmembrando o grupo não apareceram interessados na cidade.
A
magistrada diz que os interessados na adoção dos menores devem fazer o
primeiro contato com a Vara da Infância e da Juventude. Em seguida, os
candidatos a pais poderão visitar os irmãos no abrigo. Mas Sandra
Merenda deixa claro que somente os potenciais adotantes poderão fazer as
visitas. “Queremos evitar os curiosos. Essas crianças não são
mercadorias em exposição numa prateleira. São seres humanos, que
precisam de um novo lar, onde encontrem carinho e atenção”.
A
primeira tentativa de encaminhar a garotada na própria ainda não deu
certo por falta de interessados. A próxima fase será o contato com os
cadastrados em todo o país e, por último, os interessados de outros
países. “Mas eu gostaria de evitar essa última alternativa, pois entendo
que os irmãos sofreriam muito tendo que se adaptar a outra cultura”,
argumenta a juíza.
Fonte: Folha do Sul On Line
Autor: Folha do Sul On Line
COMENTÁRIO DO LEITOR NO SITE:
Qual a necessidade de citar "três irmãos brancos e saudáveis"? Se as
crianças fossem negras, não poderiam ter amor, não seriam saudáveis?
Muito infeliz da sua parte essa colocação, o preconceito parte de vc!!!
Cor não define caráter!!!
http://www.rondoniagora.com/noticias/tres+irmaos+vivem+drama+e+angustia+a+espera+de+adoao+em+abrigo+de+vilhena+2013-09-04.htm
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