09 DE Setembro de 2013
Seguindo uma orientação da Procuradoria, a Comissão de Ética da
Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) decidiu não investigar o
presidente da Casa, Guilherme Uchoa (PDT). A promotora da Infância e
Juventude de Olinda Henriqueta de Belli entregou na semana passada um
documento elaborado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que
aponta indícios de tráfico de influência na concessão de guarda
irregular de uma criança de um ano a um casal que mora nos Estados
Unidos e sequer está inscrito no Cadastro Nacional de Adoção. Um parecer
emitido pela Procuradoria da Casa orienta o legislativo a não
investigar o caso, já que a Justiça está apurando.
A suspeita é de que Guilherme Uchôa colocou a máquina
da Alepe a favor da adoção ilegal. De acordo com o documento entregue
pela promotora, o advogado Joaquim Pessoa Guerra Filho, que ajuizou o
pedido de adoção, é funcionário Alepe. Além disso, o médico Aldo Mota -
também pertencente aos quadros da Casa, foi ao Hospital Tricentenário de
Olinda para examinar a criança a ser adotada. Além disso, o apartamento
declarado pelo casal pertence ao deputado.
A filha de Uchoa, a advogada Giovana Uchoa, teria praticado tráfico de influência para agilizar a adoção.
Em entrevista ao Jornal do Commercio, Henriqueta de Belli chegou a
dizer que não acredita que ele perderá o mandato ou sofrerá alguma
punição. "Sei dos envolvimentos políticos, do corporativismo. Por uma
questão moral, de ter identificado as irregularidades, não posso fazer
vista grossa. Eles (os deputados da Comissão) estão, inclusive, com
provas documentais, se quiserem apurar", ressaltou.
Após 85 dias sob
guarda provisória de um casal formado por uma brasileira e um
americano, a garota foi devolvida no último dia 2 à Justiça. Neste
período, ela chegou a ser batizada em uma igreja de Olinda e a madrinha
foi Giovana Uchoa.
No dia 3, após cruzamento de dados do CNA, um casal foi convocado para receber a garota.
O caso ainda envolveu uma ação de censura à imprensa. Na noite do
último sábado (31), um oficial do Tribunal de Justiça de Pernambuco
(TJPE) entregou aos veículos de comunicação uma decisão do juiz
plantonista Sebastião de Siqueira Sousa que proibia os jornais de citar o
nome do parlamentar no caso da adoção irregular.
Quatro dias
depois, após pressão da sociedade e de diversos veículos da imprensa,
inclusive nacionais, Guilherme Uchôa retirou a ação atribuiu a uma
iniciativa "unilateral" do seu advogado. Ele ainda citou estresses da
vida pessoal, como o internamento da sua esposa há duas semanas, no
Hospital Sírio-Libanês, devido a um câncer.
O Blog de Jamildo tentou contato com o presidente da Comissão de Ética, Antônio Moraes (PSDB), sem sucesso.
Foto: Rodrigo Lôbo/JC imagem
http://jc3.uol.com.br/blogs/ blogjamildo/canais/noticias/ 2013/09/09/ comissao_de_etica_da_alepe_deci diu_nao_investigar_guilherme_u choa_158721.php
09 DE Setembro de 2013
Seguindo uma orientação da Procuradoria, a Comissão de Ética da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe) decidiu não investigar o presidente da Casa, Guilherme Uchoa (PDT). A promotora da Infância e Juventude de Olinda Henriqueta de Belli entregou na semana passada um documento elaborado pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE) que aponta indícios de tráfico de influência na concessão de guarda irregular de uma criança de um ano a um casal que mora nos Estados Unidos e sequer está inscrito no Cadastro Nacional de Adoção. Um parecer emitido pela Procuradoria da Casa orienta o legislativo a não investigar o caso, já que a Justiça está apurando.
A suspeita é de que Guilherme Uchôa colocou a máquina da Alepe a favor da adoção ilegal. De acordo com o documento entregue pela promotora, o advogado Joaquim Pessoa Guerra Filho, que ajuizou o pedido de adoção, é funcionário Alepe. Além disso, o médico Aldo Mota - também pertencente aos quadros da Casa, foi ao Hospital Tricentenário de Olinda para examinar a criança a ser adotada. Além disso, o apartamento declarado pelo casal pertence ao deputado.
A filha de Uchoa, a advogada Giovana Uchoa, teria praticado tráfico de influência para agilizar a adoção.
Em entrevista ao Jornal do Commercio, Henriqueta de Belli chegou a dizer que não acredita que ele perderá o mandato ou sofrerá alguma punição. "Sei dos envolvimentos políticos, do corporativismo. Por uma questão moral, de ter identificado as irregularidades, não posso fazer vista grossa. Eles (os deputados da Comissão) estão, inclusive, com provas documentais, se quiserem apurar", ressaltou.
Após 85 dias sob guarda provisória de um casal formado por uma brasileira e um americano, a garota foi devolvida no último dia 2 à Justiça. Neste período, ela chegou a ser batizada em uma igreja de Olinda e a madrinha foi Giovana Uchoa.
No dia 3, após cruzamento de dados do CNA, um casal foi convocado para receber a garota.
O caso ainda envolveu uma ação de censura à imprensa. Na noite do último sábado (31), um oficial do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) entregou aos veículos de comunicação uma decisão do juiz plantonista Sebastião de Siqueira Sousa que proibia os jornais de citar o nome do parlamentar no caso da adoção irregular.
Quatro dias depois, após pressão da sociedade e de diversos veículos da imprensa, inclusive nacionais, Guilherme Uchôa retirou a ação atribuiu a uma iniciativa "unilateral" do seu advogado. Ele ainda citou estresses da vida pessoal, como o internamento da sua esposa há duas semanas, no Hospital Sírio-Libanês, devido a um câncer.
O Blog de Jamildo tentou contato com o presidente da Comissão de Ética, Antônio Moraes (PSDB), sem sucesso.
Foto: Rodrigo Lôbo/JC imagem
http://jc3.uol.com.br/blogs/

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