UM DESAFIO CHAMADO ADOÇÃO
Segunda-feira, 16 Setembro, 2013
Adotar uma criança. Muitas pessoas têm dúvidas e preconceitos no
momento de tomar esta decisão. Atualmente, existem 5.471 crianças e
adolescentes cadastradas para adoção no CNA – Cadastro Nacional de
Adoção.
Do número de candidatos dispostos a adoção, o número que tem
preferência por crianças brancas é maior daqueles que tem predileção
por outras raças. Segundo o CNA, os números são assustadores: 9.474
pessoas preferem brancos contra 1.631 que aceitam pardos ou negros.
A 2ª Vara da Infância e da juventude de Natal, informou no ano de 2009,
que 80% dos pedidos de inscrição de pessoas que gostariam de adotar uma
criança, é por motivo de infertilidade.
Para interessados o Portal
da Adoção informa perfis específicos para adotar uma criança, como por
exemplo, se casais homoafetivos podem adotar e o que é necessário para
estar apto à adoção.
FAMÍLIA FRATERNAL: ADOÇÃO NO ESPIRITISMO
O Evangelho Segundo o Espiritismo traz a informação que temos duas
famílias: a espiritual e a corporal. Na corporal, a que viemos por meio
da reencarnação. Nem filhos adotados e nem biológicos são almas
estranhas umas às outras. Pais e filhos adotivos também são
companheiros, prováveis membros da mesma família espiritual.
No
livro Constelações Familiares, de Joanna de Angelis, a adoção é tratada
como uma forma de nossas aspirações espirituais, não apenas quando não
temos filhos, mas principalmente quando já temos filhos e buscamos
outros filhos.
Nestes casos, o desafio está na educação dessas
crianças, quando os pais tentam suprir alguma carência que imaginam que a
criança possa ter. O médium Divaldo Franco nos alerta para a forma de
educar uma criança adotada: “Amar com piedade, não é amor. É um
sentimento conflitivo que nós transferimos para anular a culpa. A
criança foi rejeitada e nós espíritas sabemos que é um problema de
reencarnação. O importante é educá-la para que não fiquem desamparadas
no futuro.”, encerra ele.
VISÃO DE QUEM FOI ADOTADO
Cláudio
Roberto Palermo é produtor, locutor e palestrante, foi adotado quando
tinha meses de idade e traz sua visão de quem foi adotado e dá sua
opinião sobre contar para a criança desde sempre:
“É estranho
descobrir um dia que você é adotado, no meu caso meus pais só contaram
quando eu tinha 20 anos, é como se sua história vivida até aquele
momento fosse uma mentira, num primeiro momento vem a raiva por
mentirem, num segundo vem uma série de pensamentos tentando explicar a
causa de tudo isto.
Saber que sua mãe biológica te largou é a pior
das sensações, você fica imaginando as cenas de um bebê sendo gerado,
mas sem amor real, sem preocupações normais de um pai e mãe. É algo que
você leva interiormente pra sempre. Difícil de ser superado!
Hoje
entendo que deve-se falar para a criança desde o início, a verdade é
sempre menos impactante quando falada com razão, amor e sensibilidade.”
http://www.radioboanova.com.br/site/noticias-destaque/um-desafio-chamado-adoç
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