18/11/2013 18h35
- Atualizado em
18/11/2013 18h41
Entidade de Divinópolis luta por adoção segura e legal.
Campanha abraça caso de menina em processo de adoção em Contagem.
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Campanha luta por adoção segura, legal e para
sempre (Foto: De Volta pra Casa/Divulgação)
O grupo de apoio à adoção “De Volta Pra Casa”, de Divinópolis,
resolveu lutar contra a decisão da Justiça que determinou que uma
criança de quatro anos, que estava em processo de adoção, fosse retirada dos pais adotivos e entregue aos pais biológicos em Contagem, região metropolitana. A polêmica deu início à campanha "FicaDuda".
No dia 27 de novembro, o grupo da cidade participará de uma audiência
com a Comissão de Direitos Humanos e Minorias em Brasília.sempre (Foto: De Volta pra Casa/Divulgação)
Segundo a presidente do grupo de Divinópolis, Sandra Amaral, eles decidiram abraçar o caso após um pedido do senador Magno Malta, do PR. “A sobrinha do pai adotivo foi quem entrou em contato conosco. Infelizmente este é um caso recorrente e que já lidamos outras vezes. É importante ressaltar que a criança vem em primeiro lugar, o que o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prega é o bem estar da criança, o que não está sendo respeitado neste caso”, explicou.
Ainda conforme a presidente, o grupo tem provas contra o abrigo onde a criança estava, como cartas da cuidadora do local ameaçando os pais adotivos, irregularidades no abrigo e desvio de mercadorias. “As investigações mostram muitas irregularidades no local. Ela negociava as crianças, havia abuso, maus-tratos, desvio de mercadoria, crianças que sumiram e adoções irregulares. A advogada do casal está com todas as provas e vamos aproveitar a audiência em Brasília para mostrar esses documentos”, acrescentou.
O grupo já esteve envolvido em outros eventos na capital federal e esteve presente, à pedido do senador Magno Malta, na alteração de alguns artigos na Nova Lei da Adoção. “Nossa sugestão foi que tivesse um curso para preparar o casal para receber o filho adotivo e foi uma vitória, porque hoje todos os casais são preparados. Outro ponto foi que as crianças poderiam ficar no máximo dois anos abrigadas e que de seis em seis meses fosse feito uma revisão”, informou Sandra.
De acordo com Silvania Quadros, integrante do De Volta Pra Casa, os casos de irregularidades em abrigos é grande. “Sabemos de casos em que os responsáveis pelo abrigo selecionam as crianças que vão receber as melhores roupas, fazer uma refeição boa e aqueles que vão receber as roupas velhas. Chega ao ponto de muitas crianças serem privadas da adoção”, relatou.
Sandra comentou que outra consequência do caso é que, com a decisão de devolver a criança aos pais biológicos, muitos pais adotivos estão apreensivos. “Eles estão apavorados. Quem está na fila da adoção quer sair da fila. Pregamos uma adoção segura, legal e para sempre, mas o Judiciário decidiu ir por outro caminho. O bem estar da criança é o mais importante, mas o casal também é importante nessa história, porque se eles desistirem de adotar as crianças, quem vai adotar ?”, questionou.
Entidade
se reúnirá com Comissão de Direitos Humanos e Minorias para pedir
investigação no caso da menina (Foto: Marina Alves/G1)
Para a voluntária Maria Gorete, o grupo decidiu lutar por este caso
para que ele sirva de exemplo para os futuros. “Quantas Dudas existem no
país esperando sozinhas e de forma silenciosa por ajuda? Estamos com
esse caso para que ele sirva de modelo para os tantos existem no país e
que as próximas decisões sejam favoráveis para o bem da criança de agora
em diante”, almejou.Grupo de apoio à adoção “De Volta Pra Casa”
A entidade sem fins lucrativos busca soluções para as questões relativas ao abandono de crianças e adolescentes por meio do fortalecimento e incentivo à adoção. O grupo foi criado após a presidente Sandra decidir adotar a filha. “Vi as dificuldades que era adotar. Não havia esclarecimento e fiquei atenta aos grupos de adoção para buscar conhecimentos sobre adoção. Foi então que decidi montar um em Divinópolis com a ajuda de amigos e parceiros”, contou.
O trabalho da entidade é acompanhar todo o processo de adoção da crianças e lutar para que esse processo seja seguro e legal, atendendo casos em todo o país.
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